Atos 9:8
“Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada
podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco.”
Saulo era um homem culto, inteligente, disciplinado e
religioso, mas estava cego espiritualmente.
Nem todo o seu conhecimento da religião e das escrituras,
nem toda sua inteligência, nem todo o seu fervor o aproximavam
de Deus, pois a própria religiosidade de Paulo o cegara.
Apesar dos inúmeros milagres operados entre os cristãos,
do testemunho destemido dos apóstolos e fé dos diáconos,
Paulo ainda perseguia a Igreja.
Após ter colaborado com a morte de Estevão, o primeiro
cristão a morrer pelo evangelho, Saulo de Tarso, esse ainda
era seu nome, sai em missão de acabar com a fé cristã, quando
então no meio do caminho o próprio Senhor Jesus se revela a
ele, o fazendo cair ao chão.
Ao se levantar, Saulo se percebe cego, cegueira esta que
já lhe era própria, mas agora ele se entende cego.
O pior cego é o que não quer ver, e muitas vezes estamos como
Saulo, cheio de opiniões, de verdades próprias que nos cegam.
Precisamos, como Saulo, cair de nosso orgulho e nos
rendermos à bondade de Deus.
Muitas vezes o maior milagre não é sermos curados da
cegueira, mas percebermos o quão cego estamos.